Município vai ganhar Núcleo de Saúde do Trabalhador

Cursos de Saúde do Trabalho acontecem no município
Ascom/Charles Kitan

Com o objetivo de capacitar os profissionais de saúde que atuam na Atenção Básica – especialmente as equipes das Unidades de Saúde da Família (USFs) – foi realizada na última segunda-feira (16), no Centro Médico, uma capacitação de Vigilância em Saúde do Trabalhador. A iniciativa é da Prefeitura de Canavieiras, por meio da Secretaria da Saúde e Saneamento, em parceria com equipe técnica do Núcleo de Saúde do Trabalhador (Nusat), da Secretaria de Saúde de Ilhéus, através da enfermeira Patrícia Almeida e da fisioterapeuta Karla Gresik.

Segundo a coordenadora da vigilância sanitária da Secretaria da Saúde, a médica veterinária Maria Aparecida, na ocasião foi discutida a importância da implantação do Nusat em Canavieiras. “A porta de entrada para esses pacientes será as USFs e, nos casos mais graves, o hospital. O local – um setor dentro da Vigilância à Saúde - será para receber as notificações e inserir no sistema”, disse Maria Aparecida.

Saber se a doença tem relação com o trabalho, no entender da enfermeira Patrícia de Almeida, é imprescindível para que se possa fazer a investigação disgnóstica e, dessa forma, traçar o perfil epidemiológico dos trabalhadores do município. “Ninguém está imune a um acidente de trabalho. As medidas são para melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores acolhendo, reabilitando e, antes de tudo, evitando o adoecimento e morte do cidadão”, ressaltou.

A médica veterinária explica os profissionais que farão a inspeção nos locais dos acidentes estarão munidos de um relatório preestabelecido, cujo destino é o Ministério do Trabalho (MT). “No caso de ambiente desfavorável ao trabalhador, insalubre, e nos quais o responsável não está apto a fazer as adequações necessárias, o lugar provavelmente poderá interditado pelo MT”, relata Maria Aparecida.

Para a coordenadora da Atenção Básica, a enfermeira Helma Valiense, a implantação do Nusat em Canavieiras será um avanço para o município, já que nesses casos, o paciente, até então, era encaminhado informalmente para o Centro de Referência Regional em Saúde do Trabalhador (Cerest), em Itabuna.

De acordo com Helma Valiense, essa preocupação surgiu a partir constatação dos baixos números de notificações em relação às notificações de agravos e adoecimentos pelo trabalho. “O último registro que temos em acidentes desse tipo é do ano de 2014. Certamente houve outros, mas os profissionais não sabiam como proceder adequadamente na aplicação de protocolos e estratégias de notificação para que essas pessoas fossem encaminhadas para o Nusat ou o Cerest”, concluiu a enfermeira.